Detento, porém editor: jornal é produzido por presidiário

Detento, porém editor: jornal é produzido por presidiário

Da Redação do Comunique-se

O brasileiro Juarez da Silva Goulart ganhou destaque em sites e blogs durante a semana passada, mas a repercussão de seu nome não está relacionada com a geologia, área de sua formação, nem pelas experiências de morar no exterior – viveu na França e nos Estados Unidos. O motivo de ele aparecer na mídia é o trabalho de editor que realiza na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho (PDMC), em Ipaba, município de Minas Gerais.

Silva Goulart cumpre pena em regime fechado na prisão do interior mineiro, informa o site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – que não divulga os crimes pelos quais o geólogo foi acusado e nem o período da pena que ele cumprirá. Longe de sua profissão, o detento trabalha da biblioteca da unidade carcerária e comanda o jornal “Inclusão”, publicação que teve sua terceira edição lançada no final do mês passado.

Preso = repórter
Com o objetivo de ressocializar detentos, o jornal é produzido integralmente por pessoas que cumprem pena no PDMC e pelos próprios funcionários do local. Além do editor Silva Goulart, o veículo de comunicação tem todas as reportagens e notas feitas pelos presidiários e agentes; as imagens são de responsabilidade de um dos administradores penitenciários. Na última edição, o “Inclusão” teve tiragem de 1.200 exemplares.

Patrocinado pela indústria Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), o jornal também conta com o apoio do diretor da penitenciária de Ipaba, Adão dos Anjos, que publicou um artigo na última edição. “Meu pai cometeu alguns erros”, disse ao ser questionado pela Agência CNJ sobre a sua relação de colaboração com o jornal editado por Silva Goulart.

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